Revista Auto Esporte elege Golf GTI como melhor da categoria
Era para ter sido uma disputa parelha, afinal os dois carismáticos esportivos apresentaram diversas evoluções nos últimos anos. Mas ficou difícil para o concorrente. Além dos números de pista comprovarem a superioridade do Golf GTI nas acelerações e retomadas, o Honda é razoavelmente mais caro que o rival da Volkswagen.
Além de melhor adaptado ao piso brasileiro, o hatch da marca alemã é mais prático no uso diário com as quatro portas e, quando completo de opcionais, fica R$ 4.490 mais caro, mas traz muitos itens sequer oferecidos no Si. Afora a diferença grosseira de 9,2 kgfm de torque máximo.
“A Volkswagen foi bem mais pragmática com a linha Golf, que adotou, em junho, o visual revelado na Europa em 2016. É bem verdade que o hatch demorou um tanto a ganhar a reestilização em solo brasileiro, mas, se serve de consolo, as atualizações deram uma bela injeção de ânimo, especialmente na versão GTI, que concentra as principais novidades da linha”, diz o colunista Diogo de Oliveira.
O motor 2.0 turbo a gasolina de injeção direta ganhou 10 cv, passando a 230 cv de potência aos 4.700 giros. Já o torque manteve os 35,7 kgfm despejados desde 1.500 rotações — tem nada menos que 9,2 kgfm a mais que o concorrente a carro nacional mais potente. Mesmo sendo 50 kg mais pesado, o GTI tem torque bem maior e o câmbio automático de dupla embreagem sempre levará vantagem sobre um manual no tempo de reação.
O GTI fica R$ 4.490 mais caro que seu oponente, a R$ 164.390, mas justifica melhor o preço — e não só pelo conteúdo. Comparado ao Honda, o VW é melhor acabado na cabine, com peças de aparência mais nobre e detalhes ricos, como o feltro que cobre a parte interna dos bolsões das portas. “O Civic capricha nos porta-objetos e peca em detalhes como texturas mais ásperas e molduras discretas”, afirma o colunista.
O GTI é uma versão ainda mais encantadora do Golf. São dois ícones que mexem com os amantes por carros.